Enquanto teoria geral da biologia, a teoria da seleção natural definiu novos programas de pesquisa, em particular sobre a hereditariedade. Enquanto novo esquema explicativo, ela foi empregada sempre que se precisou dar conta de estruturas “finalísticas” (linguística, economia, epistemologia, etc.) sem fazer intervir a intencionalidade.
Enquanto nova perspectiva sobre a origem do homem, ela serviu de justificação ao materialismo, ao liberalismo e ao eugenismo… Em que condições e por qual operação intelectual constituiu-se essa teoria? Em que medida foi realmente inovadora e como ela acabou por se impor? Charles Lenay procura, neste livro, responder a essas questões, esclarecendo o sentido do “acaso” que opera no princípio de seleção natural e suas implicações para a ideia – de importantes consequências teóricas e morais – de um progresso na evolução.
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